21 de agosto de 2013

MÉDICOS: LEMBREM-SE DO JURAMENTO NA FORMATURA

 
Tenho um grande carinho, respeito e até admiração pelos que exercem a medicina. Acho que suas críticas à falta de estrutura para trabalhar e à falta de carreira no serviço público são super pertinentes. 
 
Porém o Brasil está assistindo nas últimas semanas um surto de corporativismo da categoria que mais lembra os tempos das medievais corporações de ofício. 
 
Parece-me que a categoria se coloca contra fatos históricos: 
 
a) a homogenização da proletarização dos profissionais da área da saúde, fruto tanto da dinâmica global de pauperização no capitalismo, quanto do desenvolvimento das forças produtivas nesta área, que vai retirando do médico o monopólio do "ato" profissional; 
 
b) a emergência de uma consciência social que não mais admitirá que não se tenha atendimento médico em tantos lugares, situação esta que expressa a face mais cruel da mercantilização da saúde. 
 
Contra fatos, fica difícil argumentar e os bravos e bravas da categoria médica me parecem estar se isolando de um sentimento positivo na população: a profissão de médico tem uma função social e não é apenas um patrimônio privado do médico ou da médica. 
 
Em outras palavras, estão cobrando da categoria as palavras ditas quando do juramento lá na formatura.
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