31 de julho de 2017

O Estreito Desenvolvimento e o drama do Rio Tocantins


O titulo do texto é em alusão ao meu primeiro livro, publicado em 2012 e que analisava os impactos socioambientais da hidrelétrica localizada em Estreito.  As lutas fomentadas por ambientalistas, pescadores, ribeirinhos, indígenas e atingindos pela barragem em geral, foram por mim registradas e busquei para além disso levantar dados sobre o este projeto altamente impactante para a região tocantina.

De lá para cá já se vão cinco anos e não foi por falta de aviso que a situação do Rio Tocantins ficou como ficou. O modelo de desenvolvimento implementado gerenciaria uma produção de energia ao custo muito alto para a natureza. Tanto para populações inteiras quanto para o meio ambiente às mudanças seriam para pior.

Mas como em toda história existem os dois lados, claro que teve quem ganhou com o empreendimento.  A região obteve um ganho sazonal com o advento de hotéis e serviços que tiveram que fechar quando o fluxo migratório diminuiu. Após a inauguração este grande fluxo de pessoas sumiu e com eles os robustos investimentos na  economia local.

Os chamados royalties que iriam ser pagos para a cidade não resolveram a vida de quem mais precisava: os mais pobres e pequenos produtores. Aumento da criminalidade, preço da energia alta e demais dramas sociais foram as heranças deixadas pela UHE - Estreito, segundo lideranças locais.

Mas, o maior prejudicado nisso tudo foi nosso Rio Tocantins. O volume das águas que nessa época do ano tende a ser menor pelo veraneio, ficou ainda mais reduzido. Se nada for feito poderá no futuro desaparecer. Talvez em 45 anos tenhamos quer ver  nosso majestoso Rio Tocantins apenas pelas lentes do passado. E morrendo o Rio, morreremos todos nós.

Somente com investimentos em ciência e tecnologia poderemos mudar os rumos da coisa. Infelizmente existe uma perversa industria da produção de energia no Brasil que explora de maneira desordenada e sem controle social os recursos ambientais. Não se trata aqui de ser ingenuo e imaginar que será possível vivar sem avançar nas forças produtivas, porém, é preciso que se invista em novas modalidades de produção de energia.

No clássico filme "De volta para o futuro" os personagens depois de uma viajem ao século XXI, viram que o combustivel dos habitantes do futuro, era lixo comum. Isso mesmo, produzido diariamente por nós mesmo e que depois viravam, gasolina e energia elétrica. A ciencia quando vista assim parece mágica. Sejamos otimistas. 
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